quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Vinícius Viana

A cada segundo, pelo menos uma pessoa morre no mundo. Agora enquanto escrevo, as mãos tremendo e lágrimas caindo dos olhos, alguém acabou de morrer. As pessoas sabem disso. Positivamente, pensamos que ao mesmo tempo que alguém morre, tem outro alguém nascendo (não estou certa se isso é bom), ou que a gente nasce mesmo é pra acabar morrendo. A gente convive com isso, ouve falar de pessoas que morreram, às vezes até centenas juntas. Nada abala tanto quanto a morte de um ente querido.
A história: a minha primeira aula no colégio novo era da matéria que eu passei a vida odiando. Matéria esta, que eu passei a gostar mais a cada aula que eu tinha daquele cara. Sem dúvidas: era o melhor no que fazia. Professor gaiato, falava palavrão até nao aguentar mais, tomava bronca da coordenação porque ia desarrumado dar aula, mas era o melhor, e ai de quem me diga o contrário. Foi a primeira vez que me apaixonei por um professor (não desse jeito de namorado, mas como professor, e principalmente como pessoa). Ele achava meu nome difícil de falar e resolveu me chamar de PAQUITA desde o primeiro dia. Depois descobri que a gente fazia aniversário no mesmo dia.
Além de ter me ensinado tudo o que eu sei de história até hoje, ele me ensinou grandes coisas importantes na minha vida. Me fez acreditar que tudo era possível, que o céu era o limite e que se você fizer com vontade, com dedicação, pode sim fazer a diferença. Bom... ele fez a diferença. E isso não foi só comigo, mas com todo mundo que ele conheceu. Suas palavras, seu sorriso, suas opiniões, seu jeito À TOA de ser,  essas coisas ficarão pra sempre guardadas em todos os corações que estão sofredo a sua perda nesse momento.
O mundo acaba de perder um de seus grandes homens, e nada que eu escreva aqui vai chegar ao mínimo do que ele merece. Eu não tenho nem palavras pra dizer o que esse cara representa pra mim, e como ele me fez mudar de ponto de vista e de opinião sobre tantas coisas, sobre a vida. Só posso dizer que ele foi aquele homem-exemplo, o tipo de pessoa que a humanidade precisa pra ser melhor. Poucas pessoas são tão honestas, sinceras, educadas, inteligentes, bem-humoradas e boas a ponto de fazer tantas pessoas sentirem a sua perda.
E hoje eu errei quando disse que ele deveria ser "imorrível". Tio Vini não morreu, gente, ele viverá para sempre dentro de cada um de nós. Os bons são sempre imortais.

Que Deus lhe guarde e cuide de você, nosso amigo querido.